23 de outubro de 2013

O POETA - II - POESIA DO TROVADOR E POETA JOSÉ PAIS DE MOURA SIMÕES. CONFIRA.


 
 
  
O POETA -  II 

I


Poeta, Fernando Pessoa.

Sim! Será... Eterno autor

Seu verso que sempre ecoa:

“Poeta é um fingidor”

II

Quando ela passa, disfarço

Também finjo, sem pudor

E, quando a sós a enlaço

Mas, fingindo não sentir dor...


III 

Namoro, muita meiguice

A poetar, sou... doutor

Dolorido, já lhe disse:

Nada sinto meu amor!

IV

Bom poeta inspirado

De parceria, o Senhor

Se, doente, disfarçado

Na hora, sentindo dor.

V

Poetizo, e bom ator

Mas, tão descaradamente

Não com ordem do Senhor

Minto, somente, pró meu amor.

VI
Sou poeta, muito humor

Poetizo com paixão

Em momentos, fingidor

A minha alma, já não!




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José Pais de Moura Simões
Niterói – RJ – Brasil - Outubro/2013

15 de outubro de 2013

* MÃOS SÁBIAS * POR JOSÉ PAIS DE MOURA SIMÕES. CONFIRA


 
 
 
 
 
* M Ã O S  S Á B I A S *

 

 

Na destreza dessas mãos todo o saber,

a magia de um retoque que faltava.

Era um mestre nessa arte - tanto amava!-

como em outras que jamais foi aprender.

  

Tinha gestos de prazer, de afeição,

para os muitos seus amigos que iam vê-lo,

burilar com maestria o compasso, o martelo...

tal bailado, orquestrado dessas mãos.

 

Hoje, resta apenas seu retrato, a lembrança...

dos tantos  objetos de relíquia, a herança,

que deixou não só a mim, a outros mais.

 

Que pena tenho, minhas mãos tão diferentes,

e por muito, muito que eu tanto tente,

nunca, às do meu saudoso pai... Serão iguais!
 

 
 
 
 





José Pais de Moura Simões - poeta, trovador.

Niterói/Brasil

25/08/1990