30 de abril de 2011

O BICHO HOMEM





O BICHO HOMEM - (REEDIÇÃO)





Sou o próprio bicho
que se destrói...
que se corroi...
suicido-me sem necessidade


o mundo
cada vez mais se multiplica
mas o viver é muito difícil e duro


vejam as florestas
os rios e lagos
tornar-se-ão símbolos
de tristeza e destruição no futuro



sou o bicho homem...
a máscara que esconde a minha tristeza
pode morrer meus olhos
e carregarei a cruz da dor


que futuro eu terei?
se ao destruir o mundo
estarei exterminando
de mim mesmo
o seu sabor


sou o próprio bicho...
devoro o teu alimento
a paisagem bela amortalha-se
na insanidade

e no engasgar
as crianças cegas
e mulheres ímpares
têm as mãos mutiladas
por culpa da própria desumanidade


sou o bicho homem...
agora me pergunto
onde está o sol?
para onde foram os rios?
as paisagens?
e os mares enegreceram-se

e as flores?
- que flores!
se não há primavera
a beleza que nos espera


no final de tudo
terei medo de mim mesmo


:


- queria ser mais humano
detestar a guerra
não ser um fratricida
obedecer às leis da natureza



não seria mais o bicho homem
agora seria humano
e o mundo uma eterna beleza



by ©Alberto Araújo
02-07-07




site:  
www.albertaraujo.recantodasletras.com.br   

blog:
http://albertaraujo.blogspot.com/   



















VAMOS SALVAR O PLANETA AINDA HÁ TEMPO...





DEZ CONTRUIBUIÇÕES PARA UM MUNDO MELHOR, CUMPRIDO-AS JÁ É UMA GRANDE INICIATIVA.




PRIMEIRA:
- Não jogar lixo nos rios (mares, lagos) eles são nossos, e precisam viver

SEGUNDA:
- Não cortar as árvores, elas são nossos, e precisam viver

TERCEIRA:
- Não fume, em locais própricios à alimentação. (Hoteis, restaurantes, cinema, onibus etc...)

QUARTA:
- Proteger as aves e animais

QUINTA:
- Evitar a poluição sonora

SEXTA:
- Uma atenção especial aos alimentos vegetais/naturais

SÉTIMA:
- Proteger os património ambientais, culturais e sociais

OITAVO:
- Evitar incêndio das florestas/matas

NONA:
- evitar poluição em ambientes naturais(com óleos, plásticos, dejetos animais etc...)

DÉCIMA:
- plante uma árvore, devolva à natureza o que foi retirado.


SÃO DE AÇÕES SIMPLES COMO ESSAS QUE AJUDAMOS À NATUREZA
UNIDOS VENCEREMOS FAÇA SUA PARTE QUE ESTOU FAZENDO A MINHA. VAMOS LÁ COMEÇEMOS AGORA...



SEGUE UMA MATÉRIA MUITO IMPORTANTE- LEIAM COM ATENÇÃO:


Durante séculos e séculos o homem viveu em harmonia com a natureza. O que ele retirava do meio ambiente e o que ele devolvia não alterava o equilíbrio ambiental. Com a revolução industrial (Século XVIII) iniciou a agressão a natureza. Consumiu-se de uma formadesenfreada os recursos naturais e a devolver a natureza os resíduos deste consumismo. Houve um desenvolvimento acelerado a qualquer preço, do setor industrial. Não se mediu as conseqüências no meio ambiente natural. Hoje aí está o que todos conhecemos: tanto a sobrevivência do homem como a do planeta estão, ambos, ameaçadas.

É interessante o que o Leonardo Boff escreve, sobre isto, em seu livro Saber cuidar: Ética do humano-compaixão pela terra. "Cuidado todo especial merece nosso planeta Terra. Temos unicamente ele para viver e morar. É um sistema de sistemas e superorganismo de complexo equilíbrio, urdido ao logo de milhões e milhões de anos. Por causa do assalto predador do processo industrialista dos últimos séculos esse equilíbrio está prestes a romper-se em cadeia. Desde o começo da industrialização, no século XVIII, a população mundial cresceu 8 vezes, consumindo mais e mais recursos naturais; somente a produção, baseada na exploração da natureza, cresceu mais de cem vezes. O agravamento deste quadro com a mundialização do acelerado processo produtivo faz aumentar a ameaça e, conseqüentemente, a necessidade de um cuidado especial com o futuro da Terra". (Ver pg. 133).
Há séria ameaça de contaminação da água a nível mundial.
Há séria ameaça de extinção de várias espécies de árvores, de animais, de aves, de peixes, inclusive do tubarão.
Urgente se faz em reverter este quadro de destruição pelo uso inadequado dos recursos naturais.
Faz-se necessário rever nossos hábitos de consumo, de cuidado com o local onde vivemos, importa desenvolver um cuidado especial com a natureza.
"O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNU-MA), o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) elaboraram uma estratégia minuciosa para o futuro da vida sob o título: "Cuidando ao planeta Terra" (Caring for the Earth 1991). Aí estabelecem nove princípios de sustentabilidade da Terra. Projetam uma estratégia global fundada no cuidado:
*Construir uma sociedade sustentável.
*Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos.
*Melhorar a qualidade da vida humana.
*Conservar a vitalidade e a diversidade do planeta Terra.
*Permanecer nos limites da capacidade de suporte do planeta Terra.
*Modificar atitudes e práticas pessoais.
*Permitir que as comunidades cuidem de seu próprio meio-ambiente.
*Gerar uma estrutura nacional para integrar desenvolvimento e conservação.
*Constituir uma aliança global.
Os estudiosos preocupados com o meio ambiente criaram a Auditoria Ambiental, a contabilidade do meio ambiente, a gestão ambiental etc.
Hoje existem, também, organizações que se preocupam com os aspectos da produção e dos resíduos inerentes.
Dentre as organizações que se preocupam em elaborar relatórios ambientais encontram-se a The Canadian Institute of Chartered Accountants-CICA, World Industry Coucil on the Environment-WICE, Public Environmental Reporting Initiave-PERI, United Nation Innternacional Working Group of Experts on International Standards of Accounting and Reporting-UNISAR.
A cada dia que se passa se intensificam os relatórios ambientais tão como a conscientização do desenvolvimento sustentável. O progresso deve ocorrer, mas sem agressão ao meio ambiente natural.
Também há uma crescente conscientização da direção e do pessoal das células sociais para não agressão a natureza.
A célula social tem uma função de preservar o meio ambiente natural onde a mesma está inserida pois o uso do capital não pode prejudicar a vida das pessoas, dos seres, da natureza no presente nem no futuro.
Sobre isto ensina o Prof. Lopes de Sá: "Estamos diante de uma processo de degradação dos níveis de vida naturais que podem, em breve tempo, inviabilizar a existência do homem sobre a terra, se prosseguirem as agressões ambientais."
Sabemos que a dinâmica patrimonial influencia o meio ambiente natural e este transforma o capital.
O Prof. Lopes de Sá leciona: "O entorno ecológico transforma-se com o transformar da riqueza das células sociais e a riqueza das células sociais se transforma com o transformar do entorno ecológico". E ainda diz: "...há uma inequívoca interação transformadora entre o ambiente natural e o patrimônio das células sociais."
O patrimônio, tão como o ecológico, sujeita-se a transformação dentro das leis de interação que entre ambos existe.
Há, hoje, uma conscientização a nível internacional, tão como a nível de comunidade da necessidade da preservação da natureza. Há uma necessidade urgente da preservação em virtude da sobrevivência do homem e do planeta terra.
Existem empresas que dependem da natureza para ter economicidade e se perpetuar, tal como ocorre com as espécies na biologia.
Uma fábrica de papel que tem a madeira como matéria prima depende da existência da árvore. Ao utilizar a madeira ela deverá devolver a natureza aquilo que dela tirou plantando árvores. Se não o fizer chegará o momento que haverá escassez de matéria prima e assim prejudicará o andamento da dinâmica da riqueza e o meio ambiente natural.
Entre o fenômeno patrimonial e o fenômeno ambiental deve existir reciprocidade de eficácia.
A aplicação de recursos (fenômeno patrimonial) em açudes de decantação, onde a água poluída pela dinâmica patrimonial é despoluída (fenômeno ambiental) e é devolvida à natureza é um exemplo da reciprocidade aludida.
Para demonstrar as aplicações de recursos na comunidade e na preservação do meio ambiente criou-se um demonstrativo social.




Espero ter ajudado...




FONTE:
http://br.monografias.com/  


EDIÇÃO DE IMAGENS: VIA INTERNET

by ALBERT ARAÚJO

27 de abril de 2011

AMO-TE TANTO


Amo-te tanto


  
AMO-TE...
tão completamente
que os pulsos pulsam
inda que alucinados
algos descompassados
sem eiras nem beiras
absolutos e fulgentes
pingos de chuvas
que caem no mar
descalços e aleatoriamente


e sobre os rastros da lua
o amor crepita e grita
e lavo a alma
com os beijos da boca tua

o sol... belo astro-rei
bem cedo ilumina

e eu
escrevo um poema
cheio de amor
e estética fina

é que sou luz
e a loucura de amar-te tanto
é feita de uma flor
sedenta de paixão
e o coração de um estopim
encharcado de gasolina


©by Albert Araújo
27-04-11 

postado também site oficial:


26 de abril de 2011

ÁGUAS PROFUNDAS DO AMOR




Águas profundas do amor



Mergulhar... mergulhar em águas profundas
e tão somente conhecer o amor
esse caudaloso e mágico estopim
que espalha pétalas e beleza
da mais fina flor


saber a palavra exata
todo o pulso e todas as células
do que ata e desata

beber além da alma
a notória paixão
esse delírio doce
que desatina o coração

e nas congruências
da lúcida natureza do ser
conhecer o sol
esse astro rei que
vem todos os dias
acordar o horizonte

mergulhar
mergulhar em águas profundas
e ser do amor
a própria fonte

:


Vedes que há
um mundo cheio de amor
gritando...gritando
e as ruas estão encharcadas
de brilhos e lenha
e o calor das brasas
hão de crepitarem
todos os corações
e não há quem a detenha

©by Albert Araújo
26-04-11 

25 de abril de 2011

SER POESIA É SER FELIZ




SER POESIA É SER FELIZ






A boca beijou a pele

e a pele arrepiou-se... assim;

nasceu o desejo do ser - ser imortal



então veio;

as gotas da chuva

a felicidade colorida

o mundo natural



:



Entre mim e ti

há um mundo inteiro de emoção

vês que o amor é um corpo

pulsante e brilhante

e o coração

tem pressa de ser algo

que reluz – impactos sem limites

que somente a folha traduz



:



ao enfrentar o mundo

tiras do bolso

versos e mais versos

e milimetricamente ver

caber na palma da mão

- estrelas

e uma imensurável melodia



mergulhar

e imergir

nas lúcidas palavras

do poeta



no final;

um azul rasgará a carne

e evaporará poesia

 


©by Albert Araújo

24-04-11

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    NO PORTAL DO POETA BRASILEIRO:


 

23 de abril de 2011

LOUCURA DE AMOR (LOUCURA DE POETA) ( II )



Loucuras de amor (Loucuras de poeta) (II)





 

Lanosamente

expus o coração

algo demasiado de amor

- beleza em flor

calor além da calça despida

lago transparente - o soro

da própria vida



não entendas

que seja loucura

ou uma depravação

os poetas não são loucos

e sim;

amam e vivem o amor

sem medidas- uma obsessão

alguns não sabem entender

a parcialidade impactante

das asas da paixão



outros permitem

que a sensibilidade

vá-se muito além da razão



mas o gosto, o verbo

é o mesmo

vai-se entender do poeta

o coração



é, poeta quando ama

a paixão é alada

e o desejo de viver

é intensamente – imensamente

aureolada



ah, como o poeta

sabe amar

amor cercado

de intrínseca colchas de versos

e sinfonia



amor escaldante

que vai da pele

às profundezas

do coração



velosos sentimentos

estradas, emoções cantadas

com alegria



como o poeta ama

e sabe amar tudo

além de uma mulher

(coração sacro)

a tresloucada poesia



quantos se estagnam

na própria existência

e não sabem que o amor

é algo que se dá e sente



:



Ei, moço

eu sou poeta!



e sei o que é o amor

- amor é uma

essência inebriante

que faz a gente viver – refletir

o impensável

um livre grito gritante

que viaja nas profundezas da alma

e nos deixa eletrizante


 


©by Albert Araújo

23-04-11


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22 de abril de 2011

PAIXÃO DE CRISTO - A TRAJETÓRIA TRISTE DE JESUS





A paixão de Cristo é a trajetória do calvário de Jesus desde o momento em que ele é preso no Monte das Oliveiras, após a realização da última ceia com os apóstolos, até a sua morte na cruz. Na mesma noite em que é preso sob ordem de Caifás, o sumo sacerdote e maior autoridade do povo judeu, ele é julgado de forma sumária pelo Sinédrio, conselho dos anciões e suprema corte judaica. Acusado de blasfemo por se apresentar como o Rei de Israel, Jesus é condenado à morte. Como a região da Judéia estava sob domínio do Império Romano, caberia a Pôncio Pilatos, autoridade máxima romana na região, aplicar a punição. Pilatos, em função da proximidade da páscoa ofereceu a possibilidade de suspensão da condenação de Jesus, mas a multidão que estava no local incitada pelos sacerdotes preferiu que a liberdade fosse dada a Barrabás, um ladrão e assassino também condenado à morte.








A partir da sentença proferida de forma definitiva por Pilatos, Jesus teria passado pelos flagelos que os romanos impunham aos condenados. Entre eles, ser açoitado pelo flagellum taxillatum, espécie de chicote com três ramais que terminavam em bolas de metal com relevos e unidas por arame, e carregar até o local da crucificação a trave horizontal da cruz. A paixão de Cristo é principalmente essa passagem das últimas horas da vida de Jesus, da última ceia até a sua morte na cruz, quando seu sofrimento teria sido uma prova de sua doação total e incondicional para redimir os pecados da humanidade, segundo os preceitos da Igreja Católica.







Mas os eventos da Semana Santa rememoram outros acontecimentos importantes em torno da paixão de Cristo. Eles começam no domingo de Ramos que relembra a chegada de Jesus a Jerusalém, na semana da Páscoa judaica. Para receber Jesus, que vinha da Galiléia, o povo teria cortado ramos de árvores e folhas de palmeiras para forrar o chão onde ele teria passado montado num jumento. Também segurando folhas de palmeiras, parte da população de Jerusalém o teria saudado como rei dos judeus, filho do rei Davi e messias. Tal recepção teria feito com que sacerdotes e autoridades locais vissem em Jesus uma ameaça ao seu poder. Nesse mesmo domingo, ao chegar ao Templo Sagrado, Jesus teria se indignado com a presença de mercadores no local. A semana da Páscoa judaica levava milhares de pessoas a Jerusalém e ao Templo, onde faziam suas oferendas e rituais junto aos altares sagrados. Era uma oportunidade de ouro para os mercadores fazerem seus negócios. Mas Jesus os teria considerado profanadores e procurou afastá-los dali. A Semana Santa, que começa com o domingo de Ramos e tem na Sexta-Feira Santa a celebração da paixão de Cristo, encerra-se com o domingo de Páscoa, que relembra a ressurreição de Jesus Cristo.











                               Jesus sobe ao Céu após ressurreição








FONTE:  http://pessoas.hsw.uol.com.br/paixao-de-cristo2.htm

21 de abril de 2011

HOMENAGEM A TIRADENTES





TIRADENTES - UM GRANDE HERÓI NACIONAL



Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, (Fazenda do Pombal),batizado em 12 de novembro de 1746 — Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792).Foi um dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou no Brasil colonial, mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico e herói nacional.

Biografia

Nasceu em uma fazenda no distrito de Pombal, próximo ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território disputado entre as vilas de São João del-Rei e São José do Rio das Mortes, na Minas Gerais. O local de nascimento é uma ironia da história. O Marquês de Pombal foi arqui-inimigo de Dona Maria I contra a qual Tiradentes conspirou, e que comutou as penas dos inconfidentes.

Joaquim José da Silva Xavier era filho do reinol Domingos da Silva Santos, proprietário rural, e da brasileira Maria Antônia da Encarnação Xavier, tendo sido o quarto dos sete filhos.

Em 1755, após o falecimento da mãe, segue junto a seu pai e irmãos para a sede da Vila de São José; dois anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de um padrinho, que era cirurgião. Trabalhou como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu a alcunha Tiradentes, um tanto depreciativa. Não teve êxito em suas experiências no comércio.

Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão brasileiro. Em 1780, alistou-se na tropa da Capitania de Minas Gerais; em 1781, foi nomeado comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do "Caminho Novo", estrada que servia como rota de escoamento da produção mineradora da capitania mineira ao porto Rio de Janeiro. Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam a exploração do Brasil pela metrópole, o que ficava evidente quando se confrontava o volume de riquezas tomadas pelos portugueses e a pobreza em que o povo permanecia. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de alferes, patente inicial do oficialato à época, e por ter perdido a função de comandante da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da cavalaria em 1787.

Morou por volta de um ano na cidade carioca, período em que idealizou projetos de vulto, como o bondinho do pão-de-açucar e a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para a melhoria do abastecimento d'água no Rio de Janeiro; porém, não obteve aprovação para a execução das obras. Esse desprezo fez com que aumentasse seu desejo de liberdade para a colônia. De volta às Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores, a favor da independência daquela província. Organizou um movimento aliado a integrantes do clero e da elite mineira, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da comarca, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias estadunidenses e a formação dos Estados Unidos da América. Ressalta-se que, à época, oito de cada dez alunos brasileiros em Coimbra eram oriundos das Minas Gerais, o que permitiu à elite regional acesso aos ideais liberais que circulavam na Europa.



O movimento  Inconfidência Mineira


Movimento de ativista que queria um Brasil melhor. Por volta de 1789. influências externas, fatores regionais e econômicos contribuíram para a articulação da conspiração nas Minas Gerais. Com a constante queda na receita provincial, devido ao declínio da atividade mineiradora, a administração de Martinho de Melo e Castro instituiu medidas que garantissem o quinto, imposto que obrigava os moradores das Minas Gerais a pagar, anualmente, cem arrobas de ouro, destinadas à Real Fazenda. A partir da nomeação de Luís da Cunha Meneses como governador da província, em 1782, ocorreu a marginalização de parte da elite local em detrimento de seu grupo de amigos. O sentimento de revolta atingiu o máximo com a decretação da derrama, uma medida administrativa que permitia a cobrança forçada de impostos atrasados, mesmo que preciso fosse confiscar todo o dinheiro e bens do devedor, a ser executada pelo novo governador das Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Mendonça, 6.º Visconde de Barbacena (futuro Conde de Barbacena), o que afetou especialmente as elites mineiras. Isso se fez necessário para se saldar a dívida mineira acumulada, desde 1762, do quinto, que à altura somava 538 arrobas de ouro em impostos atrasados.

O movimento se iniciaria na noite da insurreição: os líderes da "inconfidência" sairiam às ruas de Vila Rica dando vivas à República, com o que ganhariam a imediata adesão da população. Porém, antes que a conspiração se transformasse em revolução, em 15 de março de 1789 foi delatada aos portugueses por Joaquim Silvério dos Reis, coronel, Basílio de Brito Malheiro do Lago, tenente-coronel, e Inácio Correia de Pamplona, luso-açoriano, em troca do perdão de suas dívidas com a Real Fazenda. Anos depois, por sua delação e outros serviços prestados à Coroa, Silvério dos Reis receberia o título de Fidalgo.

Entrementes, em 14 de março, o Visconde de Barbacena já havia suspendido a derrama o que de esvaziara por completo o movimento. Ao tomar conhecimento da conspiração, Barbacena enviou Silvério dos Reis ao Rio para apresentar-se ao vice-rei, que imediatamente (em 7 de maio) abriu uma investigação (devassa). Avisado, o alferes Tiradentes, que estava em viagem licenciada ao Rio de Janeiro escondeu-se na casa de um amigo, mas foi descoberto ao tentar fazer contato com Silvério dos Reis e foi preso em 10 de maio. Dez dias depois o Visconde de Barbacena iniciava as prisões dos inconfidentes em Minas.

Dentre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos Correia de Toledo e Melo, José da Silva e Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da Costa, o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante dos Dragões, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Joaquim Silvério dos Reis (um dos delatores do movimento), os poetas Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor.

Os principais planos dos inconfidentes eram: estabelecer um governo republicano independente de Portugal, criar manufaturas no país que surgiria, uma universidade em Vila Rica e fazer de São João del-Rei a capital. Seu primeiro presidente seria, durante três anos, Tomás Antônio Gonzaga, após o qual haveria eleições. Nessa república não haveria exército – em vez disso, toda a população deveria usar armas, e formar uma milícia quando necessária. Há que se ressaltar que os inconfidentes visavam a autonomia somente da província das Minas Gerais, e em seus planos não estava prevista a libertação dos escravos africanos, apenas daqueles nascidos no Brasil.

 Julgamento e sentença

Negando a princípio sua participação, Tiradentes foi o único a, posteriormente, assumir toda a responsabilidade pela "inconfidência", inocentando seus companheiros. Presos, todos os inconfidentes aguardaram durante três anos pela finalização do processo. Alguns foram condenados à morte e outros ao degredo; algumas horas depois, por carta de clemência de D. Maria I, todas as sentenças foram alteradas para degredo, à exceção apenas para Tiradentes, que permaneceu com a pena capital, porém não por morte cruel como previam as Ordenações do Reino: Tiradentes foi enforcado.

Os réus foram sentenciados pelo crime de "lesa-majestade", definida, pelas ordenações afonsinas, como traição contra o rei. Crime este comparado à hanseníase pelas Ordenações Afonsinas:

-“Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei, ou seu Real Estado, que é tão grave e abominável crime, e que os antigos Sabedores tanto estranharam, que o comparavam à lepra; porque assim como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a tem, e aos que ele conversam, pelo que é apartado da comunicação da gente: assim o erro de traição condena o que a comete, e empece e infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa.”

Em parte por ter sido o único a assumir a responsabilidade, em parte, provavelmente, por ser o inconfidente de posição social mais baixa, haja vista que todos os outros ou eram mais ricos, ou detinham patente militar superior. Por esse mesmo motivo é que se cogita que Tiradentes seria um dos poucos inconfidentes que não eram maçons.

E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O governo geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da coroa portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local. Bóris Fausto aponta essa como uma das possíveis causas para a preservação da memória de Tiradentes, argumentando que todo esse espetáculo despertou a ira da população que presenciou o evento.

Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno para que nada lá germinasse.

 



                                                                                 



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tiradentes

18 de abril de 2011

PÁSCOA




Páscoa



A Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação (ver Sexta-Feira Santa) que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 da Era Comum. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses, desde o domingo de Páscoa até ao Pentecostes.

Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.

A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.



A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. É o dia santo mais importante da religião cristã. Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, que é uma das mais importantes festas do calendário judaico, celebrada por 8 dias e onde é comemorado o êxodo dos israelitas do Egito, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.


Fonte: Wikipédia