29 de janeiro de 2011

O AMOR É TUDO







O amor é tudo




o amor é tudo, tudo...

é mais que cidade, estrela

uma fonte de mel



é luz cósmica

numa paisagem ambiental

uma teia viva e atemporal

que tilinta todo nosso metal



e no âmago

torna-se imortal



uma intensidade

que se multiplica

nudez aguda e abissal





o amor é tudo, tudo...



é mais que um coliseu mitológico

mais que um arranha-céu



é um misterioso fogaréu

uma tela abstrata

pintada nas profundezas do céu



o amor é tudo, tudo...

algo que alguém

na intimidade velada

jamais descobriu

suas pegadas e o seu

agigantado mundaréu.





©by Albert Araújo

28-01-11

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                       http://www.albertaraujo.recantodasletras.com.br/





NAS ASAS DO AMOR




Nas asas do amor




viajar sobre o Rio

e o amor fazer parte

no meu coração



sem vacilar

poder fechar os olhos e

sentir a tua presença



falar ao mundo que: “TE AMO”



nas tardes audíveis

em tuas mãos de seda me segurar



amar o teu amor

poder sentir a sua magia

encantada paixão



o ardor, a instante luz

o mapa intenso

a obsessão







©by Albert Araújo

28-01-11

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28 de janeiro de 2011

POETA FÁBIO MALVEIRA - NITEROI






Aquele menino foi acolhido





Nos braços do amor

O olhar de quem o abraça

E antes pra si o tomou

Ela, toda formosura o recebeu

Tomou no seu coração aquele menino

Que tinha certeza que também era seu

Um maior sentimento para a criança dou

Deu todo seu carinho que de seu pai recebeu…

Estendeu os braços maiores de sua emoção; sua razão…

Deu educação, e o fez esse homem lindo.

Um ótimo cidadão

Que também por ela

O seu amor é um oceano

Um laço forte de dois; um só louvor

E lê os escritos em que um dia

Ela se enveredou

São espelhos um do outro

Também de vidas passadas o que voltou

Ela uma grande mãe

O seu coração é testemunho de amor

Patricia e Mike da alma o mesmo sangue

Uma só brilhante cor



Fabio Malveira






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    Fábio Malveira - poeta de Niterói,  já com quatro livros publicados, um grande talento.




AMOR NO CORAÇÃO






Amor no coração




no amor:

o desejo de ser flor-fértil



desnudar o desfiladeiro

e atar os meus atos

na unha do tempo



farol

aceso na própria

mão



versos e anversos

da canção



inicio, meio e fim

e tão totalmente amor

espalhado no coração



a tua presença

enche todo o esplendor

do sol – e contento-me

ver o teu voo imprevisível

na minha constelação









©by Albert Araújo

28-01-11

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AMOR DE PASSARINHO







Amor de passarinho




tudo se instala

incluso e preciso:



o meu amor por ti

que na emoção

é som e colheita



mitológicas rosas

que perfuma as noites

enluaradas



a água forte

que exorciza a correnteza



retalhos de cetim

que juntos formam

a tua delicadeza



vago ao mundo

sem me esconder das incertezas



assim,

um amor absoluto

quão das estrelas

que brilham sobre as cabeças



um dia claro

acima da urdidura do tempo



o porvir, o êxtase do desejo

que se dilata em flor



um lóbulo

que não dá tréguas

uma pérgula pra mais de léguas



as glândulas salivares

exposta na língua e devora a esfinge



arvorejada raiz-flor

que os botões banham o mar





o relógio que desmembra

as estátuas intemporais



os passarinhos

no ninho que só fazem amar





©by Albert Araújo

28-01-11

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25 de janeiro de 2011

FLOR DE MIM




Flor de mim









ser uma flor (imensurável-flor

parafraseado cacho sem fim

e quando abrir a porta – pétalas de mim



e o amor

inunda-se na poesia

musica a cantar

lábios a beijar – ser uma flor

uma flor de mim



qualquer palavra dita

mesmo que em desdita – desdém

não deixar sofrer não

desalterado grito





©by Albert Araújo

25-01-11

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COLHEITA MADURA




Colheita madura





“e o passarinho seguirá o caminho a fora...

e tudo que for poesia, virar-se-á cânfora – Albert Araújo”





 

quando eu sair

não fecha a porta - se acalma

um vento suave transitará

no incólume da minha alma



incomensurável sentir

e a veia se deflagrará ao perceber

que o rio se estancará



quando eu partir

não olha o meu sofrer – as tardes

irão sempre se alvorecer



espera o alvitre

da minha poesia

e não a minha dor



minha poesia supera todo o doer

quanto mais a gente lê - mais se encanta



pedido:

quando que me for

não deixe

a poesia se emudecer







©by Albert Araújo

25-01-11

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22 de janeiro de 2011

PÉROLAS





Pérolas







e a concha

se abriu: e no seu interior

o extasiado desejo



um talho na pele

e goteja o amor



a seiva escorrida

é feito um vinho excitante

que a se deliciar na boca – se enlouquece



poemas alados:

alinham-se nos vales

e enaltecem-se



e sobrevivem

as tempestades





©by Albert Araújo

22-01-11



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BEIJO NA PELE




Beijo na pele

 

anseio e desejo: a língua

sobre a pele nua - repicados

beijos a se deliciar em delírios



repetiu-se:

continuados beijos

incitam-se ao sexo



antes;

estalados gemidos – a intrépida

boca que extasiada vira paixão



inda que:

na correnteza

a língua engolfa-se no corpo

e fende a pele do ser resinado e quente


©by Albert Araújo



                                                22-01-11




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20 de janeiro de 2011

VONTADE DE AMAR







Vontade de amar

 
 


 
no corpo o desejo

desassossega-se – octógonas fantasias

brindam a maresia



eu, um ser do

evocativo amor – o absoluto

amor a repicar em meus orifícios



e necessariamente

antes do por do sol

quero riscar o meu fósforo

no teu corpo



juntos;

no desenlear

do cotidiano

sermos estrelas



o poeta fala

que o céu é

onde o amor

se constrói e se sente







©by Albert Araújo

20-01-11



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17 de janeiro de 2011

FILME POESIA AMOR FEBRIL - 16-01-11.wmv

ASAS E PERFUME





Asas e perfumes



Asas e perfume:



o sol alado e cheiroso

nascendo da célula da terra

e banhado nas águas do

precioso Rio, desvario in natura

e a chama atura

engomada abotoadura


:


asas e perfume

e entre mim existe

o desejo de ser fotografia



e nasce o amor

do fundo do lago – amor amor

essa eterna magia



ALBERT ARAÚJO
17-01-11


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14 de janeiro de 2011

A OUTRA JANELA






                                         A outra janela



A menina, debruçada na janela, trazia nos olhos grossas lágrimas e o peito oprimido pelo sentimento de dor, causado pela morte do seu cão de estimação.
Com pesar, observava atenta o jardineiro a enterrar o corpo do amigo de tantas brincadeiras. A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também.
O avô, que observava a neta, aproximou-se, envolveu-a num abraço e falou-lhe com serenidade: Triste a cena, não é verdade?
A netinha ficou ainda mais triste e as lágrimas rolaram em abundância.
No entanto, o avô, que sinceramente desejava confortá-la, chamou-lhe a atenção para outra realidade. Tomou-a pela mão e a conduziu até uma janela opostamente localizada na ampla sala.

Abriu as cortinas e permitiu que ela visse o imenso jardim florido à sua frente, e lhe perguntou carinhosamente: Está vendo aquele pé de rosas amarelas, bem ali à frente? Lembra-se de que me ajudou a plantá-lo? Foi num dia de sol como o de hoje, que nós dois o plantamos.

Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos, e hoje... Veja como está lindo, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas!

A menina enxugou as lágrimas que ainda teimavam em permanecer em suas faces e abriu um largo sorriso.

Mostrou as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre uma e outra e as tantas rosas de variados matizes, que enfeitavam o jardim.

O avô, satisfeito por tê-la ajudado a superar o momento de dor, falou-lhe com afeto: Veja, minha filha, a vida nos oferece sempre várias janelas. Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza, sem que possamos alterar-lhe o quadro, voltemo-nos para outra, e certamente nos depararemos com uma paisagem diferente.



                                                      * * *



Tantos são os momentos felizes que se desenrolam em nossa existência. Tantas oportunidades de aprendizado nos visitam no dia-a-dia, que não vale a pena chorar e sofrer diante de quadros que não podemos alterar.

São experiências valiosas das quais devemos tirar as lições oportunas, sem nos deixar tragar pelo desespero e pela revolta, que só infelicitam e denotam falta de confiança em Deus.

A nossa visão do mundo ainda é muito limitada, não temos a capacidade de perceber os objetivos da Divindade, permitindo-nos momentos de dor e sofrimento.

Mas Deus tem sempre objetivos nobres e uma proposta de felicidade a nos aguardar.



                                                     * * *



Se hoje você está a observar um quadro desolador, lembre-se de que existem outras tantas janelas, com paisagens repletas de promessas de melhores dias.

Não se permita contemplar a janela da dor. Aproveite a lição e siga em frente com ânimo e disposição.

O sofrimento que hoje nos parece eterno, não resiste a força das horas que a tudo modifica.

A luz sempre vence as trevas, basta que tenhamos disposição íntima e coragem de voltar-nos para ela.

Agindo assim, o gosto amargo do sofrimento logo cede lugar ao sabor agradável de viver, e saber que Deus nos ampara em todos os momentos da nossa vida.



Pense nisso!




 
FONTE:

Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 3, ed. Fep.