23 de fevereiro de 2010



MOÇA DE PLUMAGEM BRANCA

Moça de plumagem branca
A luz e a cor do sabor – amor
Vontade crua e nua - calor
Delicia de ver o sol se por

Moça de plumagem branca
O Fruto e a fonte – amor
Vontade de ver a beleza da flor

Moça de plumagem branca
O lago da paixão e a felicidade – amor
Janela aberta do canto á lucidez do esplendor

Moça de plumagem branca
Saudade no florir do horizonte – amor
Apreendida alma que beija o beija-flor

Moça de plumagem branca
Riqueza do ar, terra, fogo, água – amor
Êxtase emplumado de um coração
Que jorra ao tempo – o hermético o amor.


ALBERT ARAÚJO - 21-02-10 – Luzilândia (PI), 21h30min.


PELE NUA (3)




Flutuantes
Lábios quentes
Que aladamente
Bailam sobre
A pele nua

Beijos – bocas – línguas

Tudo se insinua
Tudo tem sabor

E vem o ápice...

E uma luz perfeita
Captura a plumagem
Cega da flor.


ALBERT ARAÚJO
22-02-10

POEMA DO AMOR (2)


Eu sempre nasço
Em cada estação
É sempre uma alegria
Ver o nascer do primoroso sol;
O sol nosso de cada dia.
Mãos bondosas
Caridosas
Milagrosas – adormecem
Após doar o trigo do pão
De cada dia.

Eu sempre nasço
Na primavera
E sempre é uma alegria
Ver o meu amor no roseiral
De cada dia

Felicidades
Encantos
Encurvadas rosas
Que alegram a primavera azul
De cada dia

Eu sempre nasço
No outono
Frutos floridos
Cálidos sorrisos
Em todas as manhãs
De cada dia

Eu sempre nasço
No inverno
E o poeta acaricia
O campo e a raiz da paixão
Fragrâncias intensas no coração
De cada dia


Eu sempre nasço
No verão
E o viajar risonho
Dos pássaros errantes
Conquistam o céu;
O céu de cada dia.

ALBERT ARAÚJO
22-02-10










Diz que certa vez Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal। Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação। Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:

- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinqüagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
- Dotô, resumindo, eu levo ou deixo os pato?

18 de fevereiro de 2010



ASSIM É O POETA



Rimas com melodia de encantamento
Palavras carregadas com o som da vida
No silêncio se faz a inspiração aquecida
Em palavras moldando a silueta do sentimento

Versos que o poeta derrama em estrofe lida
Alma cristalina distraída e solta ao vento
Adorna o amor verdadeiro com magia e talento
Sua voz no tempo ecoa rimando descontraída

Traz o momento de ternura e verdadeiros amores
Seduz olhares lançando desejos de eterna espera
Adentra os corações enamorados com o seu canto

Sua criação emoldura o amor com encanto
Nas letras deposita o tom e o brilho da primavera
Para sua musa oferta um jardim com lindas flores

TUELA LIMA - NITERÓI
***

O POETA É...

O poeta é uma luz nessa vida
Uma obra por Deus operada
É a emoção que sai do nada
É uma primavera mais florida...

O poeta é um anjo deitado
A copiar no seu áureo papel
Versos com as estrelas do céu
Ah, os seus versos são bordados...

O poeta é o berço dos sonhos
O criador das mil fantasias
Que nos ofertam a bela ilusão...

Os poetas, mesmo os tristonhos
São estrelas alvas... Luzidias...,
Que espalham magia do coração...



Arão Filho। São Luís - Ma, 18/02/2010

15 de fevereiro de 2010



HELEN KELLER

Cuidando das pequenas coisas

Ela foi, sem dúvida, uma das mulheres mais notáveis que o Mundo já conheceu. Nasceu normal mas, aos 18 meses teve uma febre infecciosa, provavelmente escarlatina e ficou cega, surda e muda. No entanto, graças a uma professora, Anne Sullivan, ela se tornou escritora, filósofa, conferencista. Anne apareceu na vida de Helen Keller quando Helen tinha seis anos. Ensinou-lhe o alfabeto dos mudos, que soletrava na mão da menina. Ensinou-a ler e escrever em braille. Aos 10 anos, Helen aprendeu a falar. Cursou a Universidade e formou-se em Filosofia, com louvor. Foi a primeira deficiente visual e auditiva a completar um curso universitário. Sua professora a acompanhou por 50 anos. Na Universidade, soletrava em sua mão as palavras. Aos 20 anos, Helen escreveu sua obra mais famosa, A história de minha vida, traduzida para 50 idiomas e para o braille. Dominou os idiomas francês, latim e alemão. Aos 27 anos, fez sua primeira aparição em público, como oradora. Dedicou-se à defesa dos direitos de mulheres pobres e deficientes. Nas conferências, ela falava sobre a situação dos cegos, surdos-mudos, chamando a isso um dos pequenos problemas da Humanidade. Havia outros mais graves. Respondia a perguntas e fazia os ouvintes rirem, descontraídos, com seu senso de humor e suas respostas inesperadas. Pois esta mulher excepcional, que fez viagens internacionais, proferindo conferências em 35 países, tinha atenção para coisas pequenas. Coisas que alguns de nós, talvez, acreditemos que não têm muita importância. Quando sua professora se casou, levou Helen para morar com ela. Por muitos anos, não tiveram criada alguma, por falta de recursos. Helen aprendeu a fazer tudo o que podia, para ajudar a sua professora. Enquanto Anne levava o marido de carro à estação, para que ele tomasse o trem para o seu trabalho, Helen tirava a mesa. Depois, lavava a louça, arrumava os quartos. Mesmo que montanhas de cartas, livros e artigos para escrever a aguardassem, a casa era a casa. Alguém tinha de fazer as camas, colher flores, catar lenha, pôr o moinho de vento a andar e pará-lo quando a caixa d´água estivesse cheia. Enfim, tinha em mente essas coisas imperceptíveis que fazem a felicidade da família. Afirmava ela: Quem gosta de trabalhar sabe como é agradável a gente estar ajudando as pessoas a quem estimamos, nas tarefas diárias de casa. Quando tantos nos eximimos de tarefas simples, procurando destaque; quando outros alegamos que não podemos perder tempo com coisas pequenas, Helen nos dá o exemplo. Ela era aplaudida, recebia condecorações, era homenageada, mas, era preciso ajudar nas tarefas do lar. Com certeza, ela aprendera muito bem a lição evangélica de que quem é fiel nas coisas pequenas, o será sempre nas coisas grandes. E tudo fazia com alegria e prazer, afirmando: Não peçamos tarefas iguais às nossas forças. Mas forças iguais às nossas tarefas.


O Lions Club Internacional declarou, em 1971, que o dia 1º de junho passaria a ser lembrado como o dia de Helen Keller.

Nesse dia, os leões do mundo inteiro implementam projetos de serviços relativos à visão. Tudo em nome de uma menina deficiente visual e auditiva, que cuidava das coisas simples com o mesmo carinho que dedicava às grandes causas que defendia.


ESPECIAL:

Redação do Momento Espírita com base na biografia de Helen Keller, publicada por The International Association of Lions Club.

9 de fevereiro de 2010


MUDANÇA DE ESTRATÉGIA




Alguma vez você já teve que corrigir ou mudar o rumo dos seus passos? Se você respondeu que sim, você é como a grande maioria dos seres humanos। Isso acontece, com freqüência, porque ainda não temos habilidade suficiente para saber com precisão onde queremos chegar e que caminho seguir. E isso acontece porque ainda somos aprendizes da vida. Por causa dessa falta de lucidez, natural em nosso estágio evolutivo, é que às vezes nos perdemos em atalhos que retardam nossa marcha na direção dos altiplanos do infinito. E não é raro que tenhamos que mudar a direção, buscar caminhos alternativos, apressar o passo, observar com mais atenção para não tropeçar nos obstáculos naturais da marcha para Deus. Nós sabemos que é preciso caminhar, buscar, bater na porta que ela se abrirá, pois o suave Rabi da Galiléia nos orientou a respeito. E se fazemos isso, por que nem sempre dá certo? É que nem sempre buscamos da forma correta e batemos na porta certa. Outras vezes nós chegamos ao término do caminho e deparamos com um resultado que não era justamente o que desejávamos, e a frustração nos toma de assalto. Às vezes, para se atingir um objetivo é preciso descobrir novos caminhos, ousar, inovar, criar novas estratégias. Talvez essa pequena história possa ilustrar melhor. Conta-se que havia um cego sentado numa calçada, em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira com o seguinte pedido, escrito com giz branco: Por favor, ajude-me, sou cego. Um publicitário, da área de criação, passou por ali, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira no mesmo lugar e foi embora. À tarde o publicitário passou por ali e notou que o boné estava cheio de notas e moedas. O pedinte reconheceu as pisadas e perguntou se havia sido ele quem tinha mudado o seu cartaz, sobretudo querendo saber o que havia escrito ali. O publicitário respondeu: Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras. Sorriu e continuou seu caminho. O mendigo não sabia, mas seu novo cartaz dizia: Hoje é primavera em Paris, e eu não posso vê-la.





* * *

Uma pequena mudança de estratégia e pode ficar mais fácil atingir um objetivo, alcançar uma meta, chegar a um resultado. Por vezes nós perdemos muito tempo em tentativas vãs e não nos damos conta de que uma pequena mudança bastaria para facilitar a nossa vida. Se você está sentindo que seus passos não estão lhe conduzindo numa direção segura, pare um instante.
Reflita sobre onde quer chegar e, se for necessário, corrija a bússola da sua existência e siga em frente.

* * *

Quando você bate numa porta por muito tempo e ela se recusa a abrir, talvez Deus queira que você busque outra saída. Embora muitas situações nos pareçam fruto do acaso, não imaginemos que estamos à revelia das leis que regem o Universo do qual fazemos parte. Pense nisso e procure ouvir a sugestão dos sábios publicitários do espaço, para que faça uma pequena mudança na estratégia. E lembre-se: Se a porta na qual você está insistindo em bater não se abre, talvez seja o momento de buscar outra alternativa.


ESPECIAL:

Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada. Disponível no CD Momento Espírita, v. 10, ed. Fep.

4 de fevereiro de 2010




RESINA

O amor é uma resina
Que deixa marcas n’alma
Existem horas em que ela é tóxica
Noutras apenas tatua nomes

Eu quero muito mais
Que uma simples paixão
Eu exijo de mim
E de quem eu amo
Uma vida de tesão

O amor não é rotina
Ele cria movimentos
Ele cria espaços
Ele impõe respeito

E quando falo de respeito
Seja no lado individual
Seja naquelas horas no leito
O amor também cria direitos

Por isto eu não peço para se doar
Porque quando você se doa
Você anula em si alguma coisa
Que algum dia irá faltar
E nós precisamos estar sempre inteiros
Para poder amar...

Mário Feijó
04.02.10


Mário Feijó
http://artesplasticas-poesias.blogspot.com
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/mariofeijo
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=3979